O Laboratório Espaço e Política (LEP) vinculado ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano (MDU) e ao Centro de Artes e Comunicação (CAC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) promoverá o II Colóquio Internacional sobre Sociedade Espaço e Política, com o tema ‘Entre ruas, redes e plataformas… o lugar da comunicação na geopolítica da América Latina’ durante os dias 4 e 7 de dezembro de 2023, com sede na UFPE, Campus Recife.
Enquanto o I Colóquio surgiu pela necessidade premente de se discutir o capitalismo sob a ótica do ultraliberalismo e os arranjos geopolíticos que conduzem a uma nova divisão internacional do trabalho, a segunda edição se concentrará nas recentes discussões sobre o papel da esfera pública e suas narrativas, seja a favor do consenso ultraliberal, seja enquanto resistência a esse modelo.
Ressalta-se que para fins deste Colóquio, compreende-se a esfera pública para além do papel da mídia, somando-se a esta, os locais de presença organizada, como igrejas, reuniões de partido, etc. Devido à influência das igrejas no direcionamento do voto de seus fiéis nas eleições presidenciais de 2018 e 2022, interessa-nos particularmente discutir sobre o seu papel na construção de narrativas e contra narrativas e como se dá sua presença nos territórios.
O evento tem relevância por ser uma oportunidade de promover a troca de conhecimento gerado nos últimos anos e difundir pesquisas, análises e manifestações coletivas que tratem sobre a dinâmica geopolítica e o rebatimento de políticas e movimentos hegemônicos e de resistência no território. Assim, tomamos como mote da segunda edição o questionamento: como tem se dado a construção das narrativas e contra narrativas diante de uma possível ordem de acumulação ultraliberal?
Público-alvo: professores, estudantes, estudiosos, pesquisadores, profissionais e práticos da área de Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Comunicação Social, Direito, Economia e áreas afins.
Com o tema Entre ruas, redes e plataformas… o lugar da comunicação na geopolítica da América Latina, o II SOPAPO convida estudantes, pesquisadores e profissionais a apresentarem trabalhos na forma de resumos expandidos e pôsteres (modelo exclusivo para estudantes de graduação) para apresentação em sessões de comunicação nas seguintes temáticas:
Essa temática pretende abordar investigações que tratem o papel do Brasil e da América Latina sob a perspectiva geopolítica e de divisão internacional do trabalho evidenciando, ao longo da história, como tem sido os acordos entre elites, globais e locais, e os consensos sociais realizados para manutenção da ordem global de manutenção do poder de classe em prol da elite econômica. Nesta edição, busca-se marcar o rebatimento do ultraliberalismo enquanto possível novo regime de acumulação capitalista.
Nesse sentido, o eixo trata do processo de regulamentação do modo de acumulação ultraliberal tendo como elemento central desse processo o papel do Estado. São bem vindos trabalhos que preferencialmente dialoguem com os assuntos:
– Experiências ao redor do mundo para imposição da agenda ultraliberal;
– Impasse entre democracia representativa e ascensão do fascismo;
– Desregulamentação do mercado de trabalho;
– Reformas em direção à agenda ultraliberal (reforma da Educação, Saúde, Previdenciária, Tributária, etc.);
– Desmonte do Estado de bem-estar social e impactos territoriais da agenda ultraliberal.
Pós-verdade, fake news, cancelamento, bots, disparos em massa, big data, correntes – mesmo que todos esses termos ainda não façam parte do vocabulário da população, é inegável sua influência na condução da opinião pública, nas atuais práticas políticas e na defesa da democracia.
Historicamente, a esfera pública produz ideias que, por consequência, condicionam decisões coletivas (como o voto popular) utilizando-se de instrumentos de comunicação de massa com o objetivo de construir consentimento em torno da manutenção do status quo.
Nos últimos anos, por mais que acordos com a mídia tradicional e com grandes empresas de tecnologia e redes sociais realizadas por instituições, movimentos e atores políticos tenham sido expostos pelo jornalismo alternativo, pouco se vislumbra de uma mudança no comportamento coletivo em direção à emancipação da hegemonia vigente. Entretanto, um elemento novo surge no cenário brasileiro no tocante à regulação das redes sociais: o projeto de lei 2630/2020 que visa instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet.
Assim, este eixo trata da construção do consentimento pró agenda ultraliberal. São bem-vindos trabalhos que tratam:
– Esfera pública e a construção do consentimento;
– Redes sociais e bolhas digitais;
– Mídia e desinformação;
– Regulamentação das redes sociais;
– Colonialismo digital;
– Religião, construção do consentimento e seu espraiamento no território.
Este eixo busca debater como se organizam os movimentos sociais e as lutas populares na América Latina que num contexto de ultraliberalismo e ataque aos direitos humanos, tem provocado o agravamento das desigualdades sociais e a criminalização de movimentos de reivindicação e manifestações coletivas.
Tanto em um processo violento de colonização europeia, quanto sob domínio imperialista estadunidense, os territórios latino-americanos pulsam a luta, história de resistência que ainda hoje é pouco conhecida. Entretanto é a partir destas frestas e memórias das lutas populares que podemos encontrar caminhos para um debate de Soberania Popular e Justiça Social.
Neste sentido algumas questões são levantadas: O que se reivindica e por quais motivos as organizações populares emergem? Onde se territorializam as manifestações coletivas e os movimentos sociais? Quais as temporalidades dos movimentos e como isso afeta na mobilização das massas? Quem são os sujeitos que se organizam a partir das lutas populares?
Este eixo, portanto, trata das contra narrativas, de como grupos sociais e mídia têm atuado na formação sociopolítica da classe trabalhadora. São bem vindos o diálogo com os seguintes temas:
– Movimentos sociais e grupos reivindicativos;
– Papel das mídias progressistas na formação sociopolítica;
– Luta pelo direito à terra, ao território, à moradia e demais direitos sociais;
– Resistência digital e estratégias contra narrativas;
– Religião e formação sociopolítica progressista.
Aleksander Aguilar Antunes (UFPE-UCR)
Ana Pontes (UFRPE)
Ana Maria Morales Troya (Universidad Nacional de San Martín – Equador)
Ana Patrícia Maldonado (Universidade de Harvard)
Aura Gonzalez Serna (Pontificia Universidad Bolivariana de Medellin)
Cláudio Jorge Moura de Castilho (UFPE)
Cristina Pereira de Araujo (UFPE)
Eduardo Oliveira (UFPE)
Edvania Torres (UFPE)
Everaldo Costa (UnB)
Fatima Lucena (UFPE)
Fátima Cruz (UFPE)
Felipe Milanez Pereira (UFBA)
Harley Silva (UFPA)
Isabella Gonçalves (UFMG)
Isadora Guerreiro ( FAUUSP)
Izabella Galera (UFPE)
Janssen Felipe da Silva (UFPE)
Joanildo Burity (FUNDAJ, PPGS/UFPE)
José Policarpo Junior (UFPE)
José Luiz Quadros (UFMG)
Juliana Marcús (UBA)
Karina Leitão (USP – LabHab)
Leo Name (UFBA)
Luciano Muniz Abreu (UFRRJ)
Marcos Costa Lima (UFPE)
Maria Eduarda Rocha (UFPE)
Monica Louise Sarabia (UFPE)
Norma Lacerda (UFPE)
Otavio Santos (UFRPE)
Pedro Nóbrega (UNIVASF)
Pedro Nunes (UFPB)
Raquel Garcia Gonçalves (UFMG)
Renato Emerson (IPPUR/RJ)
Rodrigo Farias (UnB)
Sergio Amadeo da Silveira (UFABC)
Yvanna Fachin (UFPE)
Deverão ocorrer durante os dias 04, 05 e 06 de dezembro. Compreendem a apresentação de pesquisas a partir da submissão de resumos expandidos por estudantes de pós-graduação e profissionais que tenham trabalhos relacionados com as temáticas. A seleção dos trabalhos será realizada por pares e às cegas (sistema duplo cego) por meio de uma comissão científica. A programação das sessões de comunicações ocorrerá após a divulgação do resultado dos trabalhos aceitos para apresentação oral.
Modalidade exclusiva para estudantes de graduação, sua apresentação deverá acontecer durante os dias 04, 05 e 06 de dezembro. A seleção dos trabalhos ocorrerá a partir da submissão de resumos simples que será realizada por pares e às cegas (sistema duplo cego) por meio de uma comissão científica. A programação das sessões de pôsteres ocorrerá após a divulgação do resultado dos trabalhos aceitos para esta modalidade.
Repetindo a ampla receptividade ocorrida no I SOPAPO, nesta edição estamos trazendo novamente o nosso Concurso de Fotografia. A ideia é contemplar o público geral, não somente fotógrafos profissionais. São bem-vindas imagens autorais relacionadas com a temática do Colóquio.
Assim como na edição anterior, o II SOPAPO contempla espaço para lançamento de livros e conversa com os autores.
Obs.: Caso você queira lançar seu livro no II SOPAPO, entre em contato conosco pelo e-mail: [email protected]
Está prevista para ocorrer no dia 07 de dezembro, oportunidade em que se fará um balanço das atividades realizadas até então e planejamento das ações para 2024 no escopo do projeto.
Recife que pulsa! Visita técnica programada para o dia 07 de dezembro aos espaços representativos de resistência na cidade do Recife.
Profa. Dra. Cristina Araujo (UFPE – coordenação geral)
Profa. Dra. Adriana Carla de Azevedo Borba (UFPE)
Prof. Me. Andre Graciano (UNICAP)
Profa. Dra. Esther Solano Gallego (UNIFESP)
Dra. Helena d Agosto Miguel Fonseca (UFMG)
Prof. Dr. Luciano Muniz Abreu (UFRRJ)
Doutorandos:
Me. Bárbara Nascimento Rodrigues (UFPE)
Me. Itallo Marques de Santana (UFPE)
Me. Letícia Rocha de Santana (UFPE)
Me. Lutemberg Francisco de Andrade Santana (UFPE)
Me. Marcones Oliveira Barboza (UFPE)
Me. Raissa Gomes de Sales (UFPE)
Mestranda:
Jéssica Krislei Costa de Neque (PPGPP/UFRGS)
Elison Gonçalves (Sinho – Ilustre-si) – Logo
Dra. Arthemísia Santigo (UFPE)
Prof. Dr. Bruno Nogueira (UFPE)
Profa. Dra. Carla Galvão Pereira (UFBA)
Prof. Dr. Claudio André de Souza (UFBA)
Prof. Dr. Claudio Rezende Ribeiro (UFRRJ)
Prof. Dr. Claudio Tadeu Cristino (UFRPE)
Dr. Cleonardo Gil de Barros Maurício Júnior (UFPE)
Prof. Dra. Elizabeth McKenna (HKS)
Prof. Dra. Helena Lúcia Zagury Tourinho (UNAMA)
Prof. Dr. Isaque dos Santos Sousa (UEA)
Prof. Dra. Izabella Galera (UFPE)
Prof. Dr. José Policarpo Júnior (UFPE)
Prof. Dr. Joanildo Albuquerque Burity (UFPE)
Prof. Dra. Liana Lewis (UFPE)
Dr. Matthew Richmond (LSE)
Dra. Maria Amanda Martinez Elvir (UFPE)
Prof. Dra. Monalisa Soares (UFC)
Prof. Dr. Michel Lima (UNAMA)
Prof. Dra. Norma Lacerda (UFPE)
Prof. Dra. Paula Reis (UFPE)
Dr. Pedro Henrique Germano de Lima (UFPE)
Prof. Dr. Rafael de Aguiar Arantes (UFBA)
Prof. Dr. Rafael Cardoso Sampaio (UFPR)
Prof. Dra. Raquel Garcia Gonçalves (UFMG)
Prof. Dra. Raquel Uchoa (UFRPE)
Prof. Dr. Ricardo Paiva (UFC)
Prof. Dra. Roberta Bivar Carneiro Campos (UFPE)
Prof. Dra. Sandra Catharinne Pantaleão Resende (PUC Goiás)
Prof. Dr. Sergio Simoni Junior (UFRGS)
– 16 de outubro – Data limite para submissão de resumos (expandidos e simples)
– 30 de outubro – Início do envio de fotografias para o Colóquio
– 06 de novembro – Divulgação dos trabalhos aceitos para publicação (NOVA DATA)
– 10 de novembro – Data limite para confirmação de comparecimento ao Colóquio e garantia de publicação dos anais
– 27 de novembro – Data limite para submissão de fotografias.
– 27 de novembro – Publicação da programação do Colóquio
– 04 a 07 de dezembro – II Colóquio Internacional sobre Sociedade Espaço e Política
O primeiro lugar, com o apoio cultural das Edições Sesc São Paulo irá receber o livro A FÓRMULA DA EMOÇÃO NA FOTOGRAFIA DE GUERRA de LEÃO SERVA
Edições Sesc São Paulo
2020, 204 p.
19 x 25 x 1,3 cm
490 g
ISBN: 978-65-86111-05-7
SINOPSE:
O que nas imagens de guerra atrai a atenção dos espectadores? A partir da teoria do crítico alemão Aby Warburg, Leão Serva analisa os gestos e as emoções que ecoam na fotografia de guerra a partir de pinturas e esculturas do passado, estabelecendo relações entre a pintura e a fotografia ao longo da história das guerras. Serva coloca em evidência a inserção da fotografia no jornalismo e a forma como essa técnica fez uso de um imaginário preexistente na pintura para se estabelecer. Ao mergulhar em sua análise da fotografia de guerra, o autor aborda a constituição do fotojornalismo e suas ligações com outras artes, como a pintura e o cinema. Surge, nesse estudo, a percepção da existência das “fórmulas da emoção”, que habitam o imaginário coletivo nem sempre de modo consciente, mas com grande poder de mobilização.
Faça download dos Anais do SOPAPO (FORMATO DO ARQUIVO .PDF) através do botão abaixo:
O primeiro lugar, com o apoio cultural das Edições Sesc São Paulo irá receber o livro A FÓRMULA DA EMOÇÃO NA FOTOGRAFIA DE GUERRA de LEÃO SERVA
Edições Sesc São Paulo
2020, 204 p.
19 x 25 x 1,3 cm
490 g
ISBN: 978-65-86111-05-7
SINOPSE:
O que nas imagens de guerra atrai a atenção dos espectadores? A partir da teoria do crítico alemão Aby Warburg, Leão Serva analisa os gestos e as emoções que ecoam na fotografia de guerra a partir de pinturas e esculturas do passado, estabelecendo relações entre a pintura e a fotografia ao longo da história das guerras. Serva coloca em evidência a inserção da fotografia no jornalismo e a forma como essa técnica fez uso de um imaginário preexistente na pintura para se estabelecer. Ao mergulhar em sua análise da fotografia de guerra, o autor aborda a constituição do fotojornalismo e suas ligações com outras artes, como a pintura e o cinema. Surge, nesse estudo, a percepção da existência das “fórmulas da emoção”, que habitam o imaginário coletivo nem sempre de modo consciente, mas com grande poder de mobilização.
LITPEG – UFPE (1° e 6° andar)
Av. da Arquitetura – Cidade Universitária, Recife – PE, 50740-540.